By Matheus De Cesaro
Estamos acostumados ouvir nas igrejas e reuniões religiosas que a fé é o fator que nos leva a confiar e acreditar no que ouvimos e aprendemos, porém nem tudo que ouvimos das lideranças religiosas nos dias atuais é passível de confiança e aceitação. Por isso acredito que uma fé sadia implica em analisarmos o que nos é apresentado, avaliarmos a origem e essência dos ensinamentos, pois nem tudo que reluz é ouro. Analisem o texto abaixo, pois nos mostra outra face da fé, pouco aceitada pelas lideranças,mas que nos conduz há uma liberdade espiritual sadia e eficaz.
“Considerada por muitos de suma
importância, e ridicularizado por muitos outros, a“fé” é um tópico
cercado não apenas por perpétua controvérsia, mas por grande falta de
compreensão. Por estranho que pareça, muitos crentes parecem estar tão confusos
sobre este assunto quanto aos ateus. Por exemplo, tantos crentes quanto
descrentes consideram a razão inimiga da fé, quando de fato são íntimas
companheiras. Na verdade, sem uma atitude questionadora a “fé” não
passa de credulidade. A maioria dos críticos do cristianismo erroneamente
equacionam a fé com uma crença irracional que, apesar das provas em
contrário, se apega ferrenhamente a uma superstição favorita numa lealdade e
num orgulho obstinado. Ridicularizando a fé como algo nenhum pouco intelectual
e, portanto abaixo de qualquer consideração séria,o cético insiste, zombando,
que a fé exige que a pessoa abandone a erudição, o pensamento crítico e o bom
senso. Nada poderia estar mais longe da verdade. C. H. Spurgeon,
conhecido como “o príncipe dos pregadores” declarou:
“a fé não é uma
coisa cega, pois começa com o conhecimento. Não é uma coisa especulativa, pois
a fé crê em fatos sobre os quais tem certeza. Não é algo sonhador, não-prático,
pois a fé confia e aposta seu destino na verdade da revelação (de Deus)”
Somente uma pessoa desprovida de
entendimento coloca sua confiança em algo que é obviamente falso. Seria
igualmente sério colocar “fé” em alguém ou algo sem que houvesse uma razão
séria para fazê-lo. Evitar tal loucura é o papel essencial de qualidades que
nos foram dadas por Deus, como o ceticismo e a razão. Na verdade, nossas faculdades
críticas devem ser apropriadamente usadas em todo seu potencial se desejarmos
chegar até onde a fé pode nos levar. Com a clareza de um advogado, Irwin
H. Linton sugere:
“há um lugar
para o ceticismo bem como um lugar para a fé; ao considerarmos um investimento,
ou uma religião a abraçar, o ceticismo deve vir primeiro”
O proverbial “salto no escuro” da fé
é uma caricatura. A verdadeira fé nunca é cega; a fé falsificada, sim. Se
recebesse atenção, o conselho de A. W. Tozer evitaria que
muitas pessoas que se denominam cristãs fossem enganadas por doutrinas
falsas:
“uma pitada
de incredulidade sadia é, as vezes, tão necessária para o bem de nossas almas
quanto a fé. Não é pecado duvidar de algumas coisas, ao passo que acreditar em
tudo pode ser fatal. Fé nunca significa acreditar em qualquer coisa. A
credulidade nunca honra a Deus... Ao lado de nossa fé em Deus precisa estar uma
incredulidade sadia em tudo que seja esotérico e oculto”
Dave Hunt ( fragmento do livro
Escapando da Sedução pág. 93 e 94)
Este fragmento nos mostra algo muito
essencial para prosseguirmos no bom caminho da cruz, precisamos estar atentos
ao grande número de novas teologias que se têm infiltrado nas igrejas,
precisamos avaliar o que estamos recebendo, para que então possamos expressar
como o Apóstolo Paulo “eu sei em quem tenho crido”, muitos são os ventos de
doutrinas, muitas são as falsas esperanças distantes do centro da vontade de
Deus que é Cristo. Por isso atenção meus queridos, muita atenção, pois nem tudo
que reluz é ouro. A verdadeira fé, esta bem distante do aprisionamento da mente
em conceitos que se criam dia após dia, precisamos através de um relacionamento
íntimo e pessoal com Cristo, desenvolver nossa liberdade espiritual, assim como
os Frutos do Espírito contra os quais não há lei. Analisar, investigar e buscar
a procedência de qualquer ensinamento recebido, não é falta de fé, e sim, o
aperfeiçoamento da mesma.
“Ao que Jesus
disse: Tende fé em Deus” (Marco 11.22)
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