segunda-feira, 11 de novembro de 2013

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO

By Matheus De Cesaro


Estamos acostumados ouvir nas igrejas e reuniões religiosas que a fé é o fator que nos leva a confiar e acreditar no que ouvimos e aprendemos, porém nem tudo que ouvimos das lideranças religiosas nos dias atuais é passível de confiança e aceitação. Por isso acredito que uma fé sadia implica em analisarmos o que nos é apresentado, avaliarmos a origem e essência dos ensinamentos, pois nem tudo que reluz é ouro. Analisem o texto abaixo, pois nos mostra  outra face da fé, pouco aceitada pelas lideranças,mas que nos conduz há uma liberdade espiritual sadia e eficaz.

“Considerada por muitos de suma importância, e ridicularizado por muitos outros, a“fé” é um tópico cercado não apenas por perpétua controvérsia, mas por grande falta de compreensão. Por estranho que pareça, muitos crentes parecem estar tão confusos sobre este assunto quanto aos ateus. Por exemplo, tantos crentes quanto descrentes consideram a razão inimiga da fé, quando de fato são íntimas companheiras. Na verdade, sem uma atitude questionadora a “fé” não passa de credulidade. A maioria dos críticos do cristianismo erroneamente equacionam a fé com uma crença irracional que, apesar das  provas em contrário, se apega ferrenhamente a uma superstição favorita numa lealdade e num orgulho obstinado. Ridicularizando a fé como algo nenhum pouco intelectual e, portanto abaixo de qualquer consideração séria,o cético insiste, zombando, que a fé exige que a pessoa abandone a erudição, o pensamento crítico e o bom senso. Nada poderia estar mais longe da verdade. C. H. Spurgeon, conhecido como o príncipe dos pregadores” declarou: 

“a fé não é uma coisa cega, pois começa com o conhecimento. Não é uma coisa especulativa, pois a fé crê em fatos sobre os quais tem certeza. Não é algo sonhador, não-prático, pois a fé confia e aposta seu destino na verdade da revelação (de Deus)” 

Somente uma pessoa desprovida de entendimento coloca sua confiança em algo que é obviamente falso. Seria igualmente sério colocar “fé” em alguém ou algo sem que houvesse uma razão séria para fazê-lo. Evitar tal loucura é o papel essencial de qualidades que nos foram dadas por Deus, como o ceticismo e a razão. Na verdade, nossas faculdades críticas devem ser apropriadamente usadas em todo seu potencial se desejarmos chegar até onde a fé pode nos levar. Com a clareza de um advogado, Irwin H. Linton sugere: 

há um lugar para o ceticismo bem como um lugar para a fé; ao considerarmos um investimento, ou uma religião a abraçar, o ceticismo deve vir primeiro”

O proverbial “salto no escuro” da fé é uma caricatura. A verdadeira fé nunca é cega; a fé falsificada, sim. Se recebesse atenção, o conselho de A. W. Tozer evitaria que muitas pessoas que se denominam cristãs fossem enganadas por doutrinas falsas: 

uma pitada de incredulidade sadia é, as vezes, tão necessária para o bem de nossas almas quanto a fé. Não é pecado duvidar de algumas coisas, ao passo que acreditar em tudo pode ser fatal. Fé nunca significa acreditar em qualquer coisa. A credulidade nunca honra a Deus... Ao lado de nossa fé em Deus precisa estar uma incredulidade sadia em tudo que seja esotérico e oculto”

Dave Hunt ( fragmento do livro Escapando da Sedução pág. 93 e 94)

Este fragmento nos mostra algo muito essencial para prosseguirmos no bom caminho da cruz, precisamos estar atentos ao grande número de novas teologias que se têm infiltrado nas igrejas, precisamos avaliar o que estamos recebendo, para que então possamos expressar como o Apóstolo Paulo “eu sei em quem tenho crido”, muitos são os ventos de doutrinas, muitas são as falsas esperanças distantes do centro da vontade de Deus que é Cristo. Por isso atenção meus queridos, muita atenção, pois nem tudo que reluz é ouro. A verdadeira fé, esta bem distante do aprisionamento da mente em conceitos que se criam dia após dia, precisamos através de um relacionamento íntimo e pessoal com Cristo, desenvolver nossa liberdade espiritual, assim como os Frutos do Espírito contra os quais não há lei. Analisar, investigar e buscar a procedência de qualquer ensinamento recebido, não é falta de fé, e sim, o aperfeiçoamento da mesma.


“Ao que Jesus disse: Tende fé em Deus” (Marco 11.22)

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