por Guiomar Barba
Em um mundo tão conturbado, tão cheio de pessoas sem esperança, no qual a igreja deve ser um porto seguro, uma resposta para as muitas dores, unguento para feridas, saúde para a alma, libertação para traumas e complexos, o que de fato ela tem se tornado é um centro comercial. Os ministérios, que deveriam tratar das coisas espirituais, tornaram-se, na sua grande maioria, administradores dos “gazofilácios” e, segundo as suas carnais políticas, "vocacionadores" de pessoas para o ministério: atributo devido apenas ao Espírito Santo de Deus. Mas atenção! Esta igreja fabricada por falsos líderes não é a verdadeira igreja de Cristo, mesmo que tenha entre seus membros aqueles que são sinceros e que em meio a copiosas feridas, chegarão ao entendimento.
Portanto, não há razão
para perdermos a nossa fé. Há, sim, para fortalecê-la, lembrando-nos das
advertências dadas há séculos e séculos atrás pelos profetas e apóstolos, as
quais nos asseguraram de que tempos trabalhosos viriam. Sobre os falsos
profetas está escrito:
"E
por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de
largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." 2 Pedro 2:3.
“Esses homens são rochas
submersas nas festas de fraternidade que vocês fazem, comendo com vocês de
maneira desonrosa. São pastores que só cuidam de si mesmos. São nuvens sem
água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas,
arrancadas pela raiz. São ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos
vergonhosos; estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as
mais densas trevas.”
Judas 1:12-13
Portanto,
enquanto vemos o cumprimento das profecias, podemos perceber também que o
Espírito de Deus tem conscientizado a muitos de nós sobre o andar com Cristo, o
ser sal, o ser luz; nos levado a não nos amoldarmos a este mundo, por mais que
sejamos tratados como alienados, ignorantes, incultos. Apesar das
intolerâncias, pertençamos à igreja invisível de Cristo, àquela que não aceita
se adaptar as exigências teológicas do terceiro milênio. Conheçamos que, sob a
luz do Espírito Santo, a Bíblia nos traz, através dos ensinamentos dos profetas
e de Jesus, um caminho a ser seguido e que este caminho nos conduz a uma vida
de paz e prosperidade. Esta, longe do sentido que pregam os mercenários da fé,
seja a prosperidade espiritual, a prosperidade da alma, do saber,
preparando-nos também para as naturais adversidades que a vida nos impõe. A
Bíblia jamais caducará.
Não podemos
nos esquecer, no entanto, a exortação do apóstolo Paulo: "Assim,
aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!" 1 Coríntios 10:12. Se estamos
caminhando à luz da palavra, sabemos que muitos que hoje se portam como joio,
amanhã podem se firmar como trigo. A nossa missão como membros da igreja de
Cristo é uma apenas: AMAR. O amor inclui esperança; perdão; misericórdia;
paciência; longanimidade; empatia; em suma, tudo o que for necessário para
suprir a carência do nosso próximo.
"Irmãos, se alguém for
surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo
com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado. Levem
os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo. Se alguém
se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um
examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se
comparar a ninguém.”
Gálatas 6:1-4
5 comentários:
Graça e paz, minha irmã.
Como Deus teria dito a Elias, "mas reservarei em Israel sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal, e cujos lábios não o beijaram." (1 Reis 19:18)
Creio também que essa Igreja de Cristo com "i" maiúsculo continua existindo e atuando durante sua bimilenar existência. Deus sempre reserva um remanescente de crentes fieis e que não negociam a fé.
Por mais que a Igreja erre (e eu também erro), não desisto desse projeto coletivo de transforação da humanidade. Ao mesmo tempo tento compreender os que fracassam sem concordar com os erros que muitos por aí praticam impenitentemente.
Grande abraço e fica na paz.
Nobre Amigo Rodrigo,
É velha questão de uma Igreja dentro da igreja. O joio e o trigo na mesma terra. E a questão é: "o que fazer?"...
Arrancar o joio? Ou seguir o conselho do Mestre que disse: "Deixai ambos crescerem juntos"?
As vezes quando vejo algumas pessoas abandonarem a igreja (templo) devido a questões que fugiram dom controle, e que saíram do foco do evangelho eu fico imaginando o que seria ser:
"resplandescentes e irrepreensíveis 'NO' mundo".
As vezes complicamos demais o que Cristo nos mostrou de forma simples.s
Muito bom texto.
Fiquei longo tempo sem internet. Obrigada pelos comentários.
O que me entristece mais Matheus, é perceber que estas pessoas que saem das igrejas por serem corretos demais para pertencer a alguma delas, não têm acrescentado nada dos ensinos de Cristo com as suas novas ideias e comportamento. Ouço e leio apenas pessoas denegrindo com críticas as vezes até mesquinhas o curral onde se alimentou...
digo: onde se alimentaram.
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